Raça e Gênero

O Programa Raça e Gênero visa promover a colaboração entre diferentes instituições e atores, contemplando a equidade de gênero e raça para influenciar o mercado de trabalho e as instituições públicas nesse contexto.

Desse modo, em 2023, as ações implementadas pelo programa visam apoiar o desenvolvimento de lideranças negras e de trajetória periférica para que ascendam a espaços de poder e decisão, e que o conhecimento e a expertise de tais atores entrem na agenda pública.

O programa tem como meta, também, sensibilizar o campo do Investimento Social Privado (ISP), pelo fato de que a promoção da justiça social passa, de modo inquestionável, pelo fomento à pauta da equidade racial. Idem apoiar iniciativas cujo objetivo seja a promoção da saúde mental a partir de perspectiva territorial, para, enfim, contribuir para a sua democratização.

Saiba mais sobre as estratégias de atuação do Programa Raça e Gênero.

1.

Nossos passos vêm de longe

Em seu segundo ano de existência, a Plataforma Ancestralidades intensifica sua missão: valorizar a história e a produção intelectual afro-brasileiras

“Reunir e difundir conteúdos derivados de processos investigativos para evidenciar as criações dos diversos Brasis baseados em saberes, histórias e culturas da população negra.”

Este é o objetivo da Plataforma Ancestralidades, espaço desenvolvido em parceria entre Fundação Tide Setubal e Itaú Cultural. Em seu segundo ano de existência, a iniciativa, que visa mostrar um Brasil silenciado por séculos, mas ainda assim marcado pela pluralidade em campos como produção artística, intelectual, científica e na criação de mecanismos de defesa dos direitos humanos, contou com atualizações para intensificar a sua missão e razão de ser.

Se, no primeiro ano de funcionamento, o Ancestralidades contava com três eixos temáticos – Democracia e Direitos Humanos, Arte e Cultura e Ciência e Tecnologia –, o espaço ganhou mais um segmento em 2023: o eixo Religiosidade e Espiritualidade.

Nesse contexto, o campo contempla uma série de verbetes sobre termos e conceitos relacionados a religiões de matriz africana. Ou seja, trata-se de aspectos conceituais relativos aos ritos propriamente ditos, assim como a divindades e à biografia de Mãe Menininha do Gantois.

Ancestralidades no ambiente escolar

Outra ação colocada em prática no decorrer de 2023 foi o desenvolvimento, com base nos conteúdos da Plataforma Ancestralidades, de planos de aulas com temática afro-brasileira para docentes dos ensinos fundamental II e médio.

Os conteúdos, que abrangem diversos âmbitos do conhecimento e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), contemplam demandas específicas das respectivas faixas etárias. Os planos de aulas foram desenvolvidos por:

Laíne Horta, pedagoga e mestra em Educação. Laíne é também pesquisadora em Educação e Relações Étnico-Raciais, integrante do Grupo de Pesquisa Educação, Territórios Negros e Saúde (ETNS) e coordenadora escolar na rede SESI-SP;
Nilton Bispo, mestre em Educação, professor da educação básica do ensino fundamental II e ensino médio da rede pública de São Paulo e professor participante do Projeto Ancestralidades.


O plano de aulas destinado ao ensino fundamental II, com o título Narrar é humanizar: em busca de narrativas emergentes e territoriais, teve como objetivo geral “identificar e analisar as produções de narrativas e bibliográficas na relação territorial e na produção cultural de modos de vida e subjetividades”.

Já o plano de aulas A luta e resistência do povo negro – marcos históricos silenciados, por sua vez, é voltado ao corpo discente do ensino médio e tem como objetivo geral “identificar e analisar os movimentos de luta e resistência das populações afrodescendentes no período de escravidão no Brasil”.

Sobre o Festival Kwanzaa-Escrevivência

Outra ação na qual a Plataforma Ancestralidades esteve envolvida foi a organização do Festival Kwanzaa-Escrevivência, realizado entre 13 e 15 de dezembro, pela Cátedra Olavo Setúbal de Arte, Cultura e Ciência – parceria do Itaú Cultural com o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP). O evento contou também com parcerias de Itaú Social, Grupo de Estudos em Escrevivência e Fundação Tide Setubal, por meio da Plataforma Ancestralidades.

O objetivo do Festival Kwanzaa-Escrevivência consistiu em socializar debates e repercussões da titularidade da Cátedra, da qual a escritora e professora Conceição Evaristo esteve à frente no biênio 2022-2023.

O Kwanzaa, celebração cultural não religiosa afro-estadunidense voltada ao resgate de patrimônios culturais e históricos africanos por meio da comunhão familiar e comunitária, é composta por sete princípios, cujos termos originais são conhecidos por meio do idioma suaíli:

  • União (Umoja);
  • Autodeterminação (Kujichagulia);
  • Trabalho coletivo e responsabilidade (Ujima);
  • Economia cooperativa (Ujamaa);
  • Propósito (Nia);
  • Criatividade (Kuumba);
  • Fé (Imani).

A abertura, no Itaú Cultural, contou com aula magna de Conceição Evaristo, durante a qual se destacou a importância da escrevivência em sua trajetória. O conceito de escrevivência, criado pela própria escritora e veiculado pela primeira vez em meados dos anos 1990, tem como elemento central o protagonismo e o destaque para a escrita a partir da vivência – por meio de marcadores de raça e de gênero.

Os dois dias seguintes foram marcados por mesas de debates, cujas premissas dialogaram com o conceito de escrevivência e os aspectos centrais da Kwanzaa. No dia 14, os debates que compuseram a programação do Festival Kwanzaa-Escrevivência, realizados na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP Leste), foram:

  • Ujima: Sujeitos, lugares e modos coletivos de enunciação;
  • Modos de enunciação: sujeitos escrevivendo os seus lugares no mundo;
  • Kuumba: escrevivência, escrita dramatúrgica e o fazer artístico;
  • Escrevivência em sala de aula e a formação docente.

Já o encerramento, que aconteceu em 15 de dezembro, no IEA-USP, contou com as seguintes rodas de diálogos:

  • Umoja: corpus estético em diferença;
  • Escrevivência, estética e possibilidades narrativas;
  • Arte, escrevivência, corpo e movimento;
  • Nia: escrevivendo a continuidade.

Além dos diálogos, o encerramento contou com apresentação musical do Ilú Obá De Min e participação especial da cantora e compositora Larissa Luz.

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2.

Saúde mental no território

Edital Territórios Clínicos 2023 premia dez organizações atuantes na promoção da saúde mental em regiões periféricas do Estado de São Paulo

A segunda edição do Edital Territórios Clínicos, realizada em 2023 por meio de parceria com a Fundação José Luiz Egydio Setúbal, teve como objetivo procurar organizações cujo objetivo seja democratizar e descentralizar a produção de conhecimento e o atendimento psicológico e/ou psicanalítico.

Nesse sentido, a idealização da iniciativa parte da necessidade de ampliar o acesso aos cuidados com a saúde mental nos diversos territórios periféricos. Para alcançar essa meta, o Edital Territórios Clínicos 2023 selecionou dez organizações atuantes nessa missão no Estado de São Paulo.

Cada uma delas foi escolhida, então, para receber apoio de R$ 150 mil. Esse valor, que é relativo ao período de dois anos, deve ser destinado ao financiamento da implementação de um plano de ação para incluir intervenções, atendimentos, articulações, pesquisa e ações para o fortalecimento institucional.

O Edital Territórios Clínicos 2023 recebeu, no total, 118 propostas de organizações atuantes com iniciativas para a promoção da saúde mental em territórios periféricos. Entre elas, 23 foram selecionadas para a segunda fase; enfim, destas últimas, dez organizações foram escolhidas, cujos grupos vêm a seguir:

  • Ateliê Psicoterapêutico;
  • Casa Chama, representada pelo Núcleo de Saúde Mental Chama Psi;
  • Projeto Flor de Cacto;
  • Instituto Fazendo História – Programa com Tato;
  • Coletivo Capim;
  • Coletivo Psicanálise Periférica;
  • Grupo de Iniciativa Psi Antirracista (GIPA);
  • Psi Cultural Vozes de Carolinas Vivas;
  • Núcleo de Educação e Intervenção em Direitos Humanos (NEIDE);
  • Associação Paulista de Saúde Pública, em parceria com o Grupo de Investigação Território e Subjetividades (APSP & GITS-USP).

Lições do passado

As dez organizações selecionadas no Edital Territórios Clínicos 2023 seguiram o legado dos sete grupos que compuseram o grupo de projetos selecionados na primeira edição do edital, o qual esteve vigente entre 2021 e 2022.

Os aprendizados e as descobertas dos grupos em questão, assim como os debates sobre diversos segmentos relacionados ao acesso a cuidados com a saúde mental, compuseram o Seminário Territórios Clínicos.

O ciclo de debates, que ocorreu na EACH-USP Leste, teve como objetivo aprofundar temas centrais relativos a clínicas públicas com teoria psicanalítica, território e políticas públicas de saúde mental. Participaram da atividade as sete organizações da primeira edição do edital:

  • Casa de Marias;
  • Veredas – Psicanálise e Imigração;
  • AMMA Psique e Negritude;
  • Margens Clínicas;
  • PerifAnálise São Mateus;
  • Roda Terapêutica das Pretas;
  • SUR Psicanálise.

Além da apresentação das sete organizações, a programação do evento contou com três mesas de debates:

  • Entre as políticas públicas de saúde mental e as clínicas públicas – quais são os limites e as possibilidades de articulação?;
  • Clínica, militância, formação – são impossíveis da psicanálise? A metapsicologia psicanalítica a partir das discussões de raça, classe e gênero;
  • Clínica e Território: desafios e potências.

É preciso falar sempre sobre saúde mental

Para além das ações de fomento de projetos em saúde mental, o Programa Raça e Gênero da Fundação Tide Setubal apoiou a veiculação de episódios da websérie É Preciso Falar sobre Saúde Mental. O programa de entrevistas é uma produção do canal Inconsciente Coletivo em parceria com a Fundação Tide Setubal e propõe-se a debruçar-se sobre a temática por meio de abordagem acessível, didática e empática.

Dois episódios da série foram lançados no Enfrente, canal da Fundação Tide Setubal no YouTube, em 2023:

  • O que o xamanismo nos ensina, com Kaká Werá, indígena de origem tapuia, escritor, ambientalista, empreendedor social da rede Ashoka e conselheiro da Bovespa Social & Ambiental;
  • Psicanálise para todos, com Tide Setubal, coordenadora do projeto Territórios Clínicos.

Outra iniciativa comunicacional apoiada em 2023, em âmbito financeiro, foi o podcast As Clínicas Públicas de Psicanálise no Brasil. Realizado por meio de parceria entre a Fundação Tide Setubal e a Editora Perspectiva, o projeto tem como objetivo aprofundar a discussão sobre as experiências de atendimento à saúde mental no Brasil.

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3.

Alas abertas para ocupar, resistir e transformar

Ações da Plataforma Alas focam no desenvolvimento em diversas frentes de lideranças negras para ocupar espaços de poder e de decisão

Em 2023, os objetivos estratégicos que nortearam os projetos do Programa Raça e Gênero, da Fundação Tide Setubal, consistiram em ampliar a diversidade em espaços de decisão e poder, com ênfase na participação de homens e mulheres negras, e em implementar ações para aprimorar competências e habilidades de lideranças negras.

Nesse sentido, o Programa Raça e Gênero mobilizou R$ 917.618 para viabilizar cinco iniciativas colocadas em prática por meio da Plataforma Alas, um espaço de encontro com a proposta de um pacto coletivo para acelerar a busca pela equidade racial nas posições de liderança.

Uma dessas ações consistiu na terceira edição do Edital Traços. Em formato de matchfunding e voltada à ampliação de impactos proporcionados para as lideranças políticas fomentadas na segunda edição da iniciativa e com o objetivo de permitir que essas lideranças tenham condições para trilhar o caminho da política institucional e ocupem cada vez mais espaços de tomada de decisão.

A primeira fase do terceiro Edital Traços promoveu apoios a 28 lideranças aprovadas, que receberam, cada uma, aporte financeiro de até R$ 15 mil para poder investir em seus planos de desenvolvimento. Já na segunda fase, 20 lideranças foram selecionadas para lançar campanhas de financiamento financeiro por meio de matchfunding – ou seja, a cada R$ 1 captado por meio de financiamento coletivo, outros R$ 2 seriam aportados pelo fundo que compõe este matchfunding.

Desse modo, cada uma das 20 lideranças pôde captar até até R$ 15 mil. Além disso, elas puderam participar de ciclos formativos com a Labóra, Organização da Sociedade Civil (OSC) voltada à formação em campanhas eleitorais de candidaturas do campo progressista para o Poder Legislativo.

Formar para ocupar

Outra ação implementada pelo Programa Raça e Gênero consistiu na oferta de bolsas de estudos para lideranças em fases diversas de suas trajetórias. Dentro dessa lógica, uma pessoa líder obteve a continuação de sua bolsa de estudos para o curso de economia do Insper – ela havia sido anteriormente apoiada por meio de auxílio que conseguiu no curso pré-vestibular da Educafro.

Em paralelo, seis lideranças também obtiveram a continuidade de suas respectivas bolsas de estudos na Fundação Getulio Vargas (FGV) – de acordo com os momentos de cada uma delas, a abrangência do auxílio poderia ser para a graduação ou para o mestrado.

Já no que diz respeito a novas ações implementadas por meio da Estratégia Elos, também da Plataforma Alas, o foco esteve em possibilitar acessos a oportunidades educacionais em cinco instituições de ensino consideradas como referências em seus respectivos campos de atuação. Assim sendo, 109 pessoas receberam oportunidades nas seguintes instituições:

  • Programa de Fundo de Bolsas para Equidade Racial do Instituto Singularidades: duas bolsas-auxílio;
  • Bolsas étnico-raciais do Insper: o foco consistiu em viabilizar 34 mensalidades de bolsas-auxílio;
  • Programa de Bolsas Vetor Brasil – Ubuntu Segunda Edição: 33 bolsas-auxílio;
  • Instituto Semear: dez bolsas-auxílio;
  • AfroFund: 30 bolsas-auxílio.

Além das ações para viabilização das bolsas de estudos, o Programa Raça e Gênero promoveu, em 2023, as vindas de seis lideranças apoiadas em edições anteriores dos editais Traços e Elas Periféricas para o 12º Congresso GIFE, realizado em abril do mesmo ano.

As pessoas que receberam fomentos dessas iniciativas presentes ao evento, e que puderam trocar experiências e conhecimentos com demais atores do campo do Investimento Social Privado (ISP), foram:

  • Bárbara Thays Carvalho do Nascimento;
  • Beatriz Silveira e Santos;
  • Hélio Rodrigues da Fonseca;
  • Luciana Bispo;
  • Luciene do Carmo Rodrigues de Andrade;
  • Lupita de Amorim Novais Silva.

Sobre apoio direto

Outra ação colocada em prática em 2023 pelo Programa Raça e Gênero consistiu no fomento direto a 11 organizações atuantes em contextos diversos voltados à promoção da diversidade e da equidade racial e de gênero. A saber:

  • Pour le Brésil;
  • Impact Hub Manaus;
  • Abayomi Juristas Negras;
  • Educafro Brasil;
  • A Tenda das Candidatas;
  • Idajo;
  • ID_BR;
  • Casa Sueli Carneiro;
  • Geledés – Instituto da Mulher Negra;
  • SSEX BBOX;
  • Seminário Escola Gracinha.

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4.

Influenciar para equalizar

Programa Raça e Gênero coloca em prática estratégias para articular ações que fortaleçam a equidade racial no Investimento Social Privado

Mostrar ao campo do ISP que não é possível promover a justiça social enquanto não houver investimento para a pauta da equidade racial. Essa perspectiva foi uma das premissas para que as ações desenvolvidas pelo Programa Raça e Gênero em 2023 pudessem influenciar o ISP a ampliar os programas de equidade racial.

Nesse sentido, um dos eixos abrangeu, diretamente, a ampliação da equidade racial como prática nas instituições do ISP. Um dos destaques consistiu, desse modo, na continuidade às ações relativas ao Comitê de Diversidade e Inclusão e do Canal de Acolhimento da Fundação Tide Setubal. Em parceria com a área de Desenvolvimento Organizacional da Fundação, os aprendizados do Comitê foram compartilhados com demais organizações do ISP para inspirá-las a colocar tais diretrizes em prática em suas respectivas rotinas.

A saber, as organizações com as quais houve diálogos com tal propósito foram:

  • Insper, em março;
  • Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, em maio;
  • Cenpec, em maio;
  • Umapaz, em maio;
  • Evento Café com Soluções, do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), em agosto. Estiveram presentes 20 pessoas de sete instituições nesse evento;
  • SimbiOsc (Encontro de Letramento de Equidade Racial), em agosto. O evento contou com participações de 25 pessoas;
  • Instituto Sou da Paz, em setembro;
  • Fundação FEAC, em setembro;
  • Porticus, em setembro.

Articulação e o ISP

O Programa Raça e Gênero da Fundação Tide Setubal esteve presente no 12º Congresso Gife – Desafiando as Estruturas de Desigualdades, realizado em abril. O programa participou da elaboração e da representação institucional da mesa Saúde Mental na Gestão e Atuação da Filantropia Brasileira, que compôs a programação do evento. O mote da mesa foi a ampliação do debate sobre a democratização da saúde mental na gestão pública interna e nas estratégias de atuação e investimentos na área.

Além disso, o Programa Raça e Gênero promoveu a participação de seis lideranças apoiadas por meio da Plataforma Alas na 12ª edição do CoElas Periféricasngresso GIFE – cinco por meio da primeira edição do Edital Traços e uma do . As presenças das lideranças em questão tiveram como objetivo estabelecer um diálogo com os demais atores do ISP, dentro da lógica de ações para fortalecer a equidade racial nesse campo.

Outra ação do GIFE da qual o Programa Raça e Gênero participou, dentro da Rede Temática de Equidade Racial, foi o painel Equidade Racial e Educação: os impactos nas trajetórias negras. Realizado em julho, na Fundação Roberto Marinho (Infoglobo), o evento abordou temas como acesso equitativo à educação, representatividade e currículo inclusivo. Outros temas retratados abrangeram a implementação de políticas de ação afirmativa, discriminação racial e desigualdades estruturais, assim como os impactos que esses fatores têm sobre as vidas e perspectivas de estudantes e profissionais negras e negros.

O debate, que foi mediado por Pedro Henrique Lima, coordenador de jornalismo do Canal Futura, contou com participações de:

  • Débora Amorim, pedagoga, integrante da Coalizão Negra por Direitos e coordenadora estadual do Movimento de Educação Popular +Nós;
  • João Paulo Derocy Cêpa, gerente de articulação e advocacy do Movimento pela Base;
  • Raquel Souza, coordenadora de pesquisas do Instituto Unibanco.

Na trilha em favor da equidade racial

Outra ação coidealizada pelo Programa Raça e Gênero consistiu na série Caminhos: Trilhas Coletivas pela Equidade Racial. Com quatro episódios, a produção fala sobre percalços enfrentados por lideranças negras e sobre como lideranças brancas podem agir para sensibilizar o campo do ISP para colocar em prática ações em favor da promoção da equidade racial.

A série foi lançada em evento presencial realizado em 5 de junho, no Itaú Cultural, cuja programação foi composta por mesas de debates. Vale destacar que cada uma delas foi inspirada nos três primeiros episódios da produção.

A mesa Qual o compromisso do RH com a trajetória de pessoas negras?, mediada por Kenia Cardoso, coordenadora do Programa Nova Economia e Desenvolvimento Territorial da Fundação Tide Setubal, contou com participações de:

  • Isaura Oliveira Neta (liderança apoiada no Edital Traços), participante do episódio Como é ser uma liderança política negra?;
  • Nadiane Martins (Compra Agora);
  • Denise Silva (Vetor Brasil), que esteve em O que a filantropia faz pela equidade?.

A segunda roda de diálogos, sobre o papel do ISP para a formação de lideranças negras, teve mediação de Viviane Soranso, coordenadora do Programa Raça e Gênero da Fundação Tide Setubal, e presenças de:

  • Maria Páscoa Sarmento de Sousa (liderança apoiada pelo Edital Traços), participante do episódio Como é ser uma liderança política negra?;
  • Diana Costa (Piraporiando), que participou de O papel do RH pela diversidade nas empresas;
  • Cássio França, secretário-geral do GIFE, presente em O que a filantropia faz pela equidade?.

Por fim, a terceira mesa de diálogos teve como temas os relatos de lideranças negras sobre como elas veem o RH de empresas e o ISP em suas trajetórias, no que diz respeito aos apoios e às percepções sobre quanto essas áreas estão realmente em movimento para apoiar a evolução de suas trajetórias e acreditar em seus respectivos potenciais. Uvanderson Vitor da Silva, coordenador do Programa Democracia e Cidadania Ativa da Fundação Tide Setubal, mediou o diálogo, do qual participaram:

  • Isadora Bispo dos Santos (liderança apoiada pelo Edital Traços), presente no episódio Como é ser uma liderança política negra?;
  • Andre Degenszajn (Instituto Ibirapitanga);
  • Neusa Lopes (analista de diversidade, equidade e inclusão), que participou de O papel do RH pela diversidade nas empresas.

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