Os papéis de todas as pessoas em favor da equidade

Série Caminhos: Trilhas Coletivas pela Equidade Racial mostra trajetos percorridos e desafios superados por lideranças negras, assim como o papel do Investimento Social Privado e de empresas no diálogo e na promoção da equidade

Série Caminhos: Trilhas Coletivas pela Equidade Racial mostra trajetos percorridos e desafios superados por lideranças negras, assim como o papel do Investimento Social Privado e de empresas no diálogo e na promoção da equidade.

Sensibilizar e ser inspiração para que lideranças e empresas se sintam encorajadas a envolver-se diretamente na luta contra o racismo. Esse é um dos objetivos da série Caminhos: Trilhas Coletivas pela Equidade Racial.

Com quatro episódios, o projeto apresenta dimensões diversas dos caminhos percorridos por lideranças negras de áreas variadas. A mesma lógica vale para os questionamentos sobre quais papéis as lideranças brancas desempenham para estimular o campo do ISP a colocar em prática ações que favoreçam a promoção da equidade racial.

Viviane Soranso, coordenadora do Programa Raça e Gênero da Fundação Tide Setubal, descreveu, em uma de suas falas durante o episódio O que a filantropia faz pela equidade?, a premissa da websérie: o objetivo é “sair da reflexão e ir para a prática”.

Sobre os episódios

A abertura da série apresenta o episódio O papel do RH pela diversidade nas empresas. Ao abordar a urgência de se promoverem práticas voltadas à diversidade e à inclusão na estrutura de empresas e torná-las aspectos estruturantes da cultura organizacional, o diálogo estimula o debate sobre o papel da área de recursos humanos, por meio de desafios enfrentados e possibilidades para contribuir para a implementação de práticas inerentes à promoção da equidade racial em espaços de poder de tais corporações. Participaram do episódio:

  • Carol Mazziero, do Compra Agora;
  • Diana Costa, coordenadora-geral da Piraporiando Ed Tech;
  • Neusa Lopes, analista de diversidade, equidade e inclusão;
  • Rafaela Gilek Castellari, estagiária da GE HealthCare;
  • Valéria Riccomini, consultora de desenvolvimento de pessoas – RHiccomini Consultoria em Gestão de Pessoas.

Em seguida, O que a filantropia faz pela equidade? mostra como o ISP pode ser um ator estratégico em favor do desenvolvimento de lideranças negras, para que ascendam a espaços estratégicos de poder. Nesse sentido, o debate passa pela importância do apoio financeiro para combater a desigualdade racial, e, consequentemente, colaborar para o fortalecimento de pessoas com esse perfil. O episódio contou com as presenças de:

  • Cassio França, secretário-geral do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE);
  • Diogo Lima, coordenador de portfólio da República.org;
  • Denise Silva, gerente de diversidade, equidade e inclusão – Vetor Brasil;
  • Iara Rolnik, diretora de programas do Instituto Ibirapitanga;
  • Viviane Soranso, coordenadora do Programa Raça e Gênero da Fundação Tide Setubal.

O terceiro episódio, Como é ser uma liderança negra política?, destaca como a formação de figuras negras de referência é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa em âmbito político. Nesse sentido, alguns pontos passam pela contribuição para o desenvolvimento de soluções e projetos inovadores. Além disso, o debate passa por desafios e barreiras enfrentados por essas mesmas figuras, assim como a importância do apoio para superá-las. O diálogo aconteceu com as seguintes lideranças:

  • Isadora Bispo, coordenadora jurídica do Movimento Negro Unificado (MNU) de Santa Maria (RS) e gestora da Associação de Arte e Cultura Ara Dudu;
  • Isaura Genoveva, advogada do Instituto de Proteção, Promoção dos Direitos Humanos e Acesso à Justiça;
  • Jailson Barbosa da Silva, diretor-geral da Secretaria de Administração da Prefeitura de Novo Hamburgo (RS);
  • Maria Páscoa Sarmento, secretária executiva da Universidade Federal do Pará (UFPA);
  • Max Maciel Cavalcanti, deputado distrital do Distrito Federal eleito em 2023;
  • Najara Lima Costa, docente nos ensinos médio e superior, pesquisadora das relações étnico-raciais e eleita deputada estadual por São Paulo (2023).

Por fim, o quarto episódio, Qual é o seu papel na luta em favor da equidade?, retrata dimensões diversas e plurais sobre o papel de cada pessoa na trilha pela equidade. Desse modo, os relatos passam pelos caminhos necessários para haver equidade racial em postos de liderança. Idem para a responsabilidade de pessoas e organizações aliadas no enfrentamento ao racismo, além de pactos coletivos e engajamento político e institucional necessários nessa seara.

Lançamento ao vivo e em cores

O lançamento da série Caminhos: Trilhas Coletivas pela Equidade Racial ocorreu em 5 de junho, durante o evento Plataforma Alas em Debate, no Itaú Cultural. A atividade contou com uma trinca de mesas de debates, sendo cada uma relativa aos três primeiros episódios da produção audiovisual.

Dessa maneira, o episódio 1 da série funcionou como mote para a primeira rodada de diálogos, Qual o compromisso do RH com a trajetória de pessoas negras?, enquanto a segunda roda de diálogos teve como foco o papel do ISP para a formação de lideranças negras.

A terceira mesa de diálogos teve como ponto central, por fim, a série de relatos de lideranças negras sobre como elas veem o RH de empresas e o ISP em suas trajetórias, no que diz respeito a apoios e até a em que ponto essas áreas estão realmente em movimento para apoiar a evolução de suas trajetórias e acreditar em seus respectivos potenciais.

Confira, a seguir, de modo aprofundado, quais foram as ações implementadas em 2022 pela área de Prática de Desenvolvimento Local.